Com mais de 1.000 ocorrências de incêndios florestais registradas apenas em 2024, Franca vem se destacando negativamente no cenário estadual — sendo o 6º município de São Paulo com mais casos do tipo.
Para frear essa escalada, a Defesa Civil local iniciou nesta semana um plano de ações preventivas, com foco no período de estiagem.
A primeira medida foi uma reunião técnica, realizada nesta terça-feira (24), no auditório do Uni-Facef, reunindo órgãos como Ministérios Públicos Estadual e Federal, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Defesas Civis da região, sindicatos rurais, cooperativas de café e representantes da sociedade civil.
O objetivo foi reforçar estratégias conjuntas para coibir queimadas ilegais, promover a conscientização da população e fortalecer políticas públicas preventivas.
Fogo que começa pequeno pode sair do controle
A capitão Sandra Camargo, comandante do Corpo de Bombeiros de Franca, fez um alerta direto:
“Só neste ano, já atendemos 1.053 ocorrências na cidade. Muitas vezes, uma bituca de cigarro ou uma limpeza com fogo em terreno baldio acaba se transformando em incêndio de grandes proporções, atingindo áreas de mata, plantações, causando acidentes e até mortes.”
Ela destacou que a união com o Ministério Público e órgãos ambientais é fundamental para levar ações práticas e educativas a toda a região.
Integração entre setores é essencial
Representando a Defesa Civil de Franca, o secretário de Segurança em substituição, Osvaldo Júnior, reforçou a necessidade de trabalhar em rede:
“A Defesa Civil é a junção de forças. Esta reunião mostra que não estamos sozinhos. Temos o apoio de sindicatos, produtores, polícias, órgãos jurídicos. Isso é essencial para coibir práticas criminosas e transformar a cultura do uso do fogo.”
Segundo ele, o encontro marca uma nova etapa de cooperação regional e deve resultar em ações efetivas nos próximos meses, com foco em educação ambiental, fiscalização intensificada e campanhas preventivas.
A Defesa Civil reafirma seu compromisso com a preservação da vida, do meio ambiente e da saúde pública, especialmente em um ano atípico como 2024, com altos índices de incêndios e período seco mais severo.